domingo, 17 de fevereiro de 2013

Mulher mais feia do mundo é enterrada depois mais de 100 anos da sua morte!!!

 Exibida com apelidos que variavam entre “mulher mais feia do mundo” e “macaca humana”, Julia Pastrana passou a vida toda como atração nos chamados “freak shows” do século 19. Ela morreu em 1860 e seu corpo mumificado continuou sendo atração. Depois de muita treta, os restos de Pastrana poderão ter um enterro digno de um ser humano, no lugar onde ela nasceu, 153 anos depois de sua morte.
Depois de ter sido exposta como uma bizarrice por toda sua vida, a mexicana Julia Pastrana — que nasceu no México, em 1834 — finalmente pode ter um enterro digno. Julia nasceu com uma série de síndromes que fizeram com que ela tivesse pelos em várias partes do corpo, orelhas e gengivas protuberantes.

Após sua morte, em 1860, na Rússia, seu corpo e o de seu filho, ainda bebê, foram mumificados e ficaram expostos na Universidade de Oslo, Noruega. Por anos o governo do México lutou na justiça para conseguir repatriar Julia. Só agora, em 2013, que a múmia de Pastrana voltou para sua terra natal

A “mulher macaco”, como ficou cruelmente conhecida, sofria de hipertricose (que fazia com que ela tivesse pelos espalhados pelo corpo) e hiperplasia gengival (que dava características simiescas às suas gengivas e orelhas).

Famosa pelo título de “mulher mais feia do mundo”, aos 20 anos, Julia foi levada para os Estados Unidos para ser estudada por especialistas norte-americanos e noruegueses.
Por mais que os freak shows sejam controversos, eles serviram para gerar bastante grana para Julia, que percorreu diversos Estados americanos e países da Europa.

m suas apresentações, ela cantava, dançava e era exibida como uma anomalia da natureza. Era essa a pegada que os freak shows davam às suas atrações.

Ao contrário do que a sua aparência pudesse sugerir, Julia era uma pessoa sensível e muito feminina, sua inteligência estava acima da média e ela era fluente em três idiomas. O sonho de sua vida, como o de tantas mulheres, era o de experimentar a maternidade.

Julia casou-se Theodore Lent, que trabalhava como seu “empresário”. Na real, Lento foi o cara que “comprou” Julia de uma mulher que dizia ser mãe dela. Com ele, a mulher foi levada para se apresentar em palcos por toda a Europa.

Foi durante uma turnê pela Rússia, Julia viu seu sonho mais próximo da realidade: ela ficou grávida.

Os médicos alertaram: seu quadril era muito estreito para aguentar uma gravidez e, assim sendo, ter um filho significaria correr risco de morte. Animada com a gravidez, Julia não quis saber e preferiu arriscar. Em 1860, ela conseguiu realizar seu sonho e seu filho nasceu em Moscou, Rússia.
As coisas, entretanto, não saíram exatamente como Julia sonhara. Seu filho nasceu coberto de pelos e com os mesmos traços faciais que ela. Fruto de um parto complicado, o menino não aguentou e morreu horas após o parto. O choque foi demais para a pobre Julia. Cinco dias após o parto, ela morreu também.

Lent, que não era exatamente um modelo de bom marido, fez o quê? Mandou mumificar ambos os corpos — tanto o de Julia quanto o de seu filho — e passou a exibi-los em feiras e museus. Em uma dessas exposições, inclusive, os corpos foram roubados. Quando foram encontrados pela polícia, a múmia do filho ficou gravemente danificada e a de Julia teve de ser restaurada.


Foi através de movimentos pela repatriação de múmias e objetos de países colonizados que, em 2013, a múmia de Julia Pastrana finalmente encontrou descanso em solo mexicano. Depois de ter sido abusada e explorada em vida — e depois da morte também! — ela encontrou finalmente a dignidade. Dignidade que havia sido roubada dela por 150 anos. Descanse em paz, Julia!

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